Natália Vendito desencadeia a loucura na Copa do Mundo Sub-20
Os cinco gols que ela marcou na fase de grupos permitiram à atacante Natália Vendito se destacar em uma seleção brasileira repleta de estrelas.
Os cinco gols que ela marcou na fase de grupos permitiram à atacante Natália Vendito se destacar em uma seleção brasileira repleta de estrelas em uma Copa do Mundo Sub-20, na qual a Canarinha sonha em conquistar um título que tem sido esquivo.
Após marcar dois gols na goleada de 9-0 contra Fiji, a atacante de 19 anos fez dois gols contra a França na vitória de 0-3 na segunda rodada e um contra o Canadá na vitória de 0-2, o que a tornou o centro das atenções de uma das equipes favoritas ao título.
Ela é campeã sul-americana Sub-20 e Sub-17 com o Brasil e se destacou no esporte jogando futsal.
Vendito vem construindo sua carreira defendendo a Verdeamarela e vestindo a camisa da Ferroviária desde as divisões inferiores.
Seu primeiro gol como profissional, uma verdadeira joia, foi na décima rodada do Campeonato Paulista e foi o 0-2 no duelo entre seu time e o São Bernardo, que terminou 0-3.
A atacante recebeu a bola com o peito e se livrou da marcação adversária levantando a bola e fazendo um chute de voleio que superou a goleira adversária. Uma obra de arte que ela celebrou apontando para o céu, assim como fez com os gols anotados no Mundial da Colômbia.
Figura emergente
Seu nome não era o mais chamativo em uma seleção que tem as esperanças depositadas nas atacantes Priscila e Dudinha. Além disso, no Sul-Americano Sub-20 do Equador, ela anotou apenas dois gols e ficou muito longe do recorde de sete gols estabelecido pela paraguaia Fátima Acosta, a colombiana Gabriela Rodríguez e a venezuelana Mariana Barreto.
A atacante de 19 anos, irreverente em campo e introvertida diante dos microfones, marcou dois gols contra a frágil Fiji, mas conseguiu sua reafirmação no jogo contra as francesas, nas quais até mesmo fez um gol de calcanhar e pressionou para evitar o início do jogo adversário e tentar roubar alguma bola para cobrança.
Depois, contra as canadenses, já ao lado das demais estrelas, provou que seu papel neste torneio não é de coadjuvante, mas sim protagonista, e, em outra brilhante atuação, anotou mais um gol.
Naquele dia, ela usava uma fita com o nome Esther no pulso e, ao marcar, apontou para esse nome.
A dedicatoria era para a jovem Esther Martins, uma jogadora com quem jogou e cresceu, mas que faleceu em novembro de 2022 durante um treino do time Sub-17 da Ferroviária, quando desmaiou e, segundo o clube, "teve um mal súbito".
Agora, a atacante espera manter esse elevado nível nas oitavas de final do Mundial, onde as brasileiras enfrentarão as camaronesas no estádio El Campín de Bogotá.